Pílula I – Introdução
Este ensaio, composto de 7 (sete) Pílulas, agora é apresentado completo num único texto.
Discorremos sobre a realidade da economia brasileira; a perspectiva real de melhora e as possibilidades de termos que continuar lidando com as dificuldades impostas pela situação vigente nos últimos anos.
Estudos promovidos pela FIRJAN1, FIESP2, Ministério da Economia, Banco Central do Brasil, FGV3, CNA4, CNC5, DIEESE6, FMI7 e Banco Mundial serviram de base para críticas e reflexões sobre as perspectivas econômicas do Brasil para 2020.
Estes atores, em sua maioria, concordam que os indicadores, com maior ou menor relevância e intensidade, apontam que o Brasil está iniciando o processo de recuperação econômica e ressaltam dados e situações que corroboram para esta previsão.
Conhecê-los é essencial para planejar, organizar, rever, ajustar e balizar suas decisões e ações na busca de seus objetivos pessoais e profissionais.
Uma coisa é certa: temos que estar preparados; caso contrário não estaremos aptos para aproveitar as oportunidades se o mercado crescer ou, pior, incapazes de competir num ambiente economicamente caótico se o mercado continuar recessivo.
Este tour abordou alguns dos principais indicadores econômicos, na visão de variados agentes da economia, pincelando os argumentos que consubstanciam as expectativas apresentadas por diferentes pontos de vista.
A Transparência Consultoria reforça o desejo de muita saúde, paz e conquistas para todos os seus clientes, consultores, amigos, seguidores e seus respectivos familiares e entes queridos neste ano de 2020.
BOA LEITURA, ÓTIMAS DECISÕES E SUCESSO!
SIGLAS:
1FIRJAN: Federação das indústrias do Estado do Rio de Janeiro;
2FIESP: Federação das Indústrias do Estado de São Paulo;
3FGV: Fundação Getúlio Vargas;
4CNC: Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo;
5CNA: Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil;
6DIEESE: Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE);
7FMI: Fundo Monetário Internacional.
Pílula II – FIRJAN e FIESP
A FIRJAN e a FIESP destacam um cenário positivo em relação a recuperação econômica dos seus respectivos estados, Rio de Janeiro e São Paulo, e apontam indicadores que consubstanciam o otimismo para 2020 em diante.
Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN)
Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan, afirma que “a tendência é que a ociosidade no processo produtivo diminua e a confiança do investidor se consolide”, acompanhando os indicadores da economia brasileira, em recuperação juntamente com o crescimento do mercado do trabalho (1).
Os indicadores da FIRJAN estão na primeira colocação do Ranking “Broadcast Projeções Top 10 Geral” (2), edição do terceiro trimestre de 2019, realizado pelo AE Dados da Agência Estado.
A FIRJAN destaca os seguintes cenários positivos para 2020:
- aprovação da reforma da Previdência – importante para o reequilíbrio das contas públicas;
- expectativa da aprovação das reformas tributária e administrativa em todas as esferas de governo;
- oportunidade para crescimento do setor de infraestrutura com a efetivação de projetos de rodovias fomentando parceirias com o setor privado (PPP);
- ampliação da participação do Brasil no comércio mundial com implantação de nova política de comércio exterior;
- concretização de melhorias nas legislações tributária e trabalhista, afim de equiparar o ambiente de negócios nacional ao restante do mundo.
Projeta-se um aumento do PIB[1] em 2,1% baseado na força da iniciativa privada.
Federação das indústrias do Estado de São Paulo (FIESP)
A FIESP aborda as conquistas econômicas em 2019 em seu vídeo corporativo (3) que, na visão desta entidade, proporciona base para expectativas positivas em 2020 e retrata no seu boletim “Macro Visão” (4) diversos aspectos da movimentação das indústrias paulistas ressaltando os seguintes aspectos:
- redução da taxa SELIC1;
- avanço do Índice de Atividade Econômica: +0,2% em outubro de 2019;
- variações econômicas de produção na zona do Euro e nos EUA;
- expectativa de crescimento do PIB2;
- inflação em baixa, na média entre dez/18 a nov/19.
Analisando o estado de São Paulo e prevendo cenário para o Brasil, Paulo Skaf, presidente da FIESP e da CIESP3, destaca que a Selic a taxa de “4,5% representa a maior mudança estrutural na economia desde o controle da inflação”, iniciando um ambiente favorável aos negócios que favorecem investimentos, geração de emprego e renda e aceleram a recuperação econômica brasileira.
SIGLAS:
[1] SELIC: Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, também conhecida como taxa básica de financiamento no mercado interbancário, para operações que possuem lastro em títulos públicos federais.
2 PIB: Produto Interno Bruto
3 CIESP: Centro das Indústrias do Estado de São Paulo
Pílula III – Ministério da Economia e Banco Central do Brasil
Ministério da Economia
No entendimento do Secretário Especial de Fazenda Waldery Rodrigues em palestra no BID1, relata que as condições macroeconômicas governamentais estão estabelecidas para o desenvolvimento econômico do Brasil nos próximos anos e irão gerar “um novo ciclo de forte crescimento e impulso na geração de empregos”.
Suas afirmações se baseiam nos seguintes cenários:
- aprovação da nova previdência;
- redução dos déficits primário e nominal;
- mudança de diretriz do crédito direcionado (público) pelo crédito livre (privado);
- reação do setor de serviços;
- reação do mercado de trabalho;
- queda do risco país;
- novas receitas vindas do setor de petróleo e gás;
- melhoria nos indicadores de confiança na economia;
- redução da taxa de juros;
- forte concentração de títulos públicos em 2020 e, sobretudo, em 2021.
Banco Central do Brasil (BC)
O BC prevê melhorias para o mercado econômico brasileiro, tanto para as famílias (empregados) quanto para as organizações (empregadores). No Relatório Trimestral de Inflação publicado no dia 18/12/2019, o BC destaca os indicadores que permitem essa previsão.
A revista Exame publicou em seu site uma matéria sobre o assunto enfatizando os principais pontos avaliados para a tomada de decisão do Banco Central.
A ata do Copom3 da 227ª reunião em 10 e 11 dez/2019 apresenta a análise e as perspectivas para a economia brasileira e para a internacional:
- projeção de crescimento do PIB2 do Brasil foi revista para 2,2% em 2020;
- estimativa de avanço da economia aumentou para 1,2%: PIB de 2019;
- previsão que o estoque total de crédito crescerá 8,1% em 2020 no país, após uma alta estimada em 6,9% para 2019;
- estoque de crédito às famílias deverá subir 11,8% neste ano e 12,2% em 2020;
- estimativa de crescimento para as empresas é de alta de 2,5%;
- empréstimos para pessoas físicas, financiados com recursos livres, continuam sendo o principal vetor de crescimento do crédito no país;
- redução da taxa básica de juros para 4,5% a.a.
SIGLAS:
1 BID: Banco Interamericano de Desenvolvimento
2 PIB: Produto Interno Bruto
3 Copom: Comitê de Política Monetária
Pílula IV – Fundação Getúlio Vargas
FGV – Fundação Getúlio Vargas
Os estudos promovidos por essa entidade destacam fatores que irão contribuir para o crescimento econômico em 2020 e foram discutidos no Seminário FVG / IBRE1 – Estadão – Perspectivas 2019 – 4º trimestre (*). Os especialistas “apontam como pontos relevantes a aprovação das reformas estruturais e o desempenho da economia internacional”.
Em entrevista, Silvia Matos, que é doutora e mestre em economia pela Escola de Pós-Graduação em Economia (EPGE2 FGV); economista pela UNICAMP3; profª do Mestrado Profissional em Economia da EPGE FGV; e Coordenadora Técnica do Boletim Macro IBRE, afirma que com o cenário mundial de menor crescimento a expectativa para 2019 e 2020 é de +3,0%, apresentando expressiva redução em relação aos últimos 10 anos.
Segundo Silvia, as previsões para 2020 permitem elaborar os seguintes cenários macroeconômicos:
- previsão de crescimento do Produto Interno Brasileiro – PIB brasileiro continua tímida, em torno de 1,8% em 2020, o que se explica pela demora na recuperação da “confiança” da indústria brasileira, conjuntamente com outros fatores;
- previsão de inflação continua baixa em torno de 3,5%, auxiliada pelo controle gradativo dos gastos públicos nos últimos anos, o que contribui para esse controle inflacionário;
- possibilidade para o Banco Central de reduzir ainda mais a taxa básica de juros efetivando uma flexibilização da política monetária;
- falta de uma agenda de reformas microeconômicas para, por exemplo, agilizar os ganhos de produtividade e gerar crescimento consistente a longo prazos.
A revista Conjuntura Econômica de dez/2019 envolvendo a análise da baixa produtividade brasileira e, por outro lado, o indicador de “incerteza Política e Econômica Global” mostra que existe uma tendência de aumento mundial desta taxa. A reportagem ressalta que, no Brasil, há uma estabilidade e ultimamente mesmo uma redução nesta taxa em função de diversos cenários e indicadores que mostram o início da recuperação brasileira.
Ao se analisar esses fatores, observa-se que as tendências da economia em 2020 apontam para:
- um olhar externo sobre a economia mundial, notadamente sobre a Argentina e a guerra comercial EUA-China;
- juros no menor nível histórico no Brasil;
- uma inflação ancorada, baixa e sob controle;
- uma leve recuperação do mercado de trabalho;
- a aprovação de reformas e medidas provisórias visando desonerar a produção.
No comentário do editor, “2019 terminou com leves sinais de recuperação na economia, depois da recessão de 2014-2016, e o crescimento do PIB da ordem de 1% nos dois anos seguintes”.
SIGLAS:
1 IBRE: Instituto Brasileiro de Economia
2 EPGE: Escola Brasileira de Economia e Finanças
3 UNICAMP: Universidade de Campinas
Pílula V – Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo e Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil
Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC)
No Sumário Econômico edição 1603 o informativo da CNC apresenta o quadro a seguir com os dados das Contas Nacionais divulgados no dia 03/12/19 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), onde se constata que a economia brasileira avançou 0,6% em relação ao segundo trimestre de 2019, já descontados os efeitos sazonais. A taxa observada é a maior para um terceiro trimestre desde 2012 (+1,5%), e a mais elevada para qualquer período de três meses desde o primeiro trimestre de 2018 (+0,7%).
Gráfico 1 – Quadro de Variações (%) du PIB
(Trimestre em relação ao trimestre anterior com ajuste sazonal)
O quadro acima serviu de base para que a CNC revisasse a expectativa de crescimento da economia em 2020, projetando, tanto para o comércio (+3,2%) quanto para o consumo de bens e serviços por parte das famílias (+2,9%), aumentos que superarão o ritmo médio de expansão da economia.
Desta forma, na avaliação da CNC, houve um conjunto de boas notícias que reforçam uma expectativa positiva para 2020, dentre as quais:
- geração de emprego na economia brasileira nos últimos meses, o que significa maior renda agregada disponível e dinheiro em circulação para gastos e poupança;
- indicador ICF (Intenção de Consumo das Famílias) tem crescido sistematicamente nos últimos meses com tendência de continuar positivo;
- inflação em baixa, corroendo com menor intensidade os orçamentos domésticos;
- IPP (Índice de Preços ao Produtor) apresenta deflação em 12 meses terminados em setembro de 2019. O IPP mede a variação de preços da indústria em geral, das indústrias extrativas e de transformação, juntamente a outras atividades industriais;
- expectativa que a economia cresça 2,0%.
Esses pontos foram discutidos no IV Seminário de Análise Conjuntural de 2019 ocorrido no dia 16/12, no Centro Cultural da Fundação Getúlio Vargas (FGV), com moderação do professor Armando Castelar e com o objetivo de fazer uma retrospectiva da economia em 2019 e seus impactos em 2020.
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)
A CNA, com base nas informações do Banco Central, elaborou um gráfico demonstrativo da evolução das expectativas de mercado para o PIB, detectando uma tendência de alta para 2020.
Gráfico 2 – Evolução das Expectativas de Mercado para o PIB Brasileiro em 2019 (%)
No seu site oficial a CNA projeta o dólar a R$ 3,95 no final de 2020 e a expectativa é de melhoria no ambiente econômico do Brasil nos próximos anos. Os indicadores macroeconômicos analisados são:
- “flexibilização da política monetária pelo Banco Central o COPOM (Comitê de Política Monetária) tem feito reduções da taxa básica da economia e a Selic deverá permanecer, durante todo ano de 2020, em 4,5%, com a inflação de 3,5% prevista para o próximo ano, como consequência o juro real estará muito próximo a zero, fato inédito no país, mas com spread bancário ainda muito elevado”;
- nota de crédito do Brasil, com a aprovação da Reforma Previdenciária e outras importantes reformas econômicas estão se refletindo, de maneira positiva, sobre o risco-país;
- ambiente econômico interno favorável deverá promover uma valorização do câmbio, as estimativas da CNA é que promoverá um crescimento no PIB na ordem de 2,5%.
Além disso, a CNA destaca 4 (quatro) fatores que podem comprometer o crescimento do Brasil e do setor em especial:
- cenário econômico internacional está mais adverso que o normal, o que deverá gerar pressões no câmbio dos principais players internacionais;
- tensões geopolíticas e reflexos da guerra comercial ainda serão obstáculos a um crescimento econômico;
- Argentina, importante parceiro comercial, atravessa uma crise econômica severa e que deverá passar por uma mudança na política econômica;
- os custos de produção agropecuária, em 2020, em função da prorrogação, ou não, do Convênio do Imposto sobre Operações relativas ao ICMS (Imposto de Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) poderão sofrer aumento o que pode reduzir seu crescimento.
Pílula VI – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE)
O DIEESE, entidade criada e mantida pelo movimento sindical brasileiro, faz uma análise setorial e apesar dos aspectos negativos destacados (semi-estagnação, desigualdade social e trabalho precário), verifica-se que há uma demonstração de movimento de viés positivo para 2020. Destacam-se as seguintes áreas:
- Agropecuária: houve expansão do total da área plantada e da produção das principais culturas e, apesar de incrementos pontuais, como é o caso do aumento das exportações de carne para a China e outros países, o cenário externo é instável, diante da expansão das disputas no comércio internacional;
- Indústria: apresenta recuperação de faturamento real em paralelo de uma estratégia de redução de custos, visto que a massa real de salários, horas trabalhadas e nível de emprego continuam a cair e a utilização da capacidade instalada encontra-se estagnada. Uma reação ocorreu somente no último período com a redução das taxas de juros e consequentemente alguns segmentos de produção de bens de consumo duráveis tiveram melhora na produção no último trimestre;
- Setor de construção: apresenta avanços no segmento habitacional apesar do baixo investimento público o que, por sua vez, prejudica o segmento de infraestrutura, limitando uma expansão mais robusta do setor; dados de PIB indicam que o setor melhorou;
- Extração mineral: houve retomada da produção da Vale e contribuiu para o melhor resultado deste setor, o aumento da produção de petróleo e gás da Petrobras;
- Comércio: foram observados avanços em vendas de veículos e motocicletas e de materiais de construção. A queda dos juros e os saques do FGTS parecem ter tido efeito benéfico, entretanto, sem melhora consistente do mercado de trabalho e da renda, os indicadores não terão sustentação de longo prazo;
- Setor de serviços: destacaram-se positivamente as atividades imobiliárias e de informação e comunicação. Percebe-se que as atividades de Transportes e Serviços profissionais acumulam, no ano, resultados abaixo da média do setor, porém os Serviços prestados às famílias estão em trajetória de desaceleração e as atividades financeiras e de seguros e a da Administração Pública permanecem com resultados estagnados (0,0) e levemente negativos (-0,1), respectivamente;
- Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP*): apresentaram um crescimento expressivo de +3,4% no acumulado em 12 meses e são atividades econômicas com menor volatilidade em relação aos ciclos econômicos, verifica-se que os bens essenciais que estão no foco das privatizações também apresentam desempenho satisfatório;
- Investimentos: tiveram variação positiva refletindo a melhora da construção civil no segmento habitacional. Destaca-se que uma parcela desse resultado é o efeito contábil da internalização de plataformas da Petrobras: verifica-se que a velocidade da melhora tem sido aquém da necessária para a recuperação das perdas, refletindo a incerteza sobre a perenidade e os resultados efetivos dessa reação sobre a economia. O consumo das famílias permanece com variação positiva, apesar dos insuficientes postos de trabalho gerados, muitos sendo informais e de baixa renda.
(*) SIUP: são serviços industriais de uso comum, como por exemplo os subsetores de limpeza urbana, esgoto, eletricidade e água.
Pílula VII – Fundo Monetário Internacional e Banco Mundial
Fundo Monetário Internacional – FMI
Em seu site oficial, o FMI projeta para o Brasil em 2020 um crescimento do PIB real em torno de +2,2% em relação a 2019. A recuperação econômica do Brasil continua lenta, mas deve se fortalecer em 2020. Considerando a aprovação da reforma da Previdência e o progresso na finalização e implementação da agenda de reformas estruturais do governo, o crescimento do PIB aumentaria inicialmente para +2,4% em 2020.
Segundo a revista Exame, o FMI indica que reduziu a projeção de crescimento para o Brasil em 2020 para +2,0% (inicial de +2,4%) e avaliou que os desequilíbrios fiscais do país são um dos fatores que vão contribuir para manter a atividade econômica na América Latina com expansão anual abaixo de 3,0% no médio prazo e projeta a inflação a 3,5%.
São destacados os seguintes cenários:
- a importância da reforma previdenciária como sendo um passo essencial para garantir a viabilidade do sistema de seguridade social e a sustentabilidade da dívida pública;
- a continuidade da política monetária expansionista para sustentar o crescimento econômico, desde que as expectativas de inflação permaneçam ancoradas;
- a redução da taxa básica de juros Selic, indicando de forma explícita um novo alívio monetário;
- a queda da inflação no Brasil, com os valores abaixo da meta oficial, que é de 4,3% em 2019 e de 4,0% em 2020 (previsão atual de 3,5%), ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos;
- a queda do déficit em transações correntes, cuja a previsão para 2020 é de 1,0%;
- o recuo da taxa de desemprego no Brasil, que, por sua vez, está prevista para atingir 10,8% em 2020.
Banco Mundial – The World Bank
Segundo a previsão do Banco Mundial para o Brasil em seu site oficial, afirma que espera-se uma confiança mais robusta dos investidores juntamente com uma flexibilização gradual das condições de empréstimos e da regulação do mercado de trabalho apoiem uma aceleração do crescimento de +2,0% em 2020 e +2,5% em 2021.
A tabela a seguir demonstra o posicionamento do Brasil, considerando a América Latina e o Caribe, no que se refere ao crescimento real do PIB a preços de mercado em porcentagem (exceto quando indicado o contrário).
Figura 1 – Latin America and the Caribbean forecast summary
Pode-se perceber que os indicadores preveem crescimento real do PIB para 2020 e 2021. No entanto, o Banco Mundial ressalta que o Brasil terá que adaptar o seu mercado de trabalho às mudanças de regulação causadas pela forte integração deste no âmbito da economia global.
Outro aspecto importante destacado é a necessidade das empresas brasileiras incrementarem seus processos de treinamento no trabalho, visando melhorar a qualidade da mão de obra que é um elemento primordial para aumentar a produtividade, especialmente no contexto de novas tecnologias.
Autores:
Josué José da Silva – Fundador e CEO da Transparência Consultoria atuando como Executivo em organizações na gestão empresarial e pública. Experiência como Administrador, Professor, Consultor e Empresário. Mestrado em Administração; Especialista em Economia e Gestão Empresarial; Pós-graduado em Desenvolvimento de RH.
Victor Hugo Macedo da Silva – Membro do Conselho Consultivo. Consultor Sênior na Ernst Young (EY) em Paris, com foco em projetos nas áreas de Análise de Dados, Modelagem e Análise Econômica e Financeira e Estratégia. Experiência na área de transportes na equipe de Excelência Operacional da ID Logistics e na equipe de Automação Ferroviária da Siemens. Mestre e Engenheiro pela Ecole Polytechnique e pela Ecole des Ponts et Chaussées (ambas na França) após estudos no Instituto Militar de Engenharia (IME) e Unicamp.
Referências:
Pílula II
(1) Carta da Indústria, FIRJAN, nº 779, dez/2019 e jan/2020
(2) https://firjan.com.br/noticias/projecoes-economicas-da-firjan-conquistam-topo-de-ranking-da-agencia-estado.htm – acesso em 05/01/2020
(3) https://www.youtube.com/watch?v=j8c7oxlRp18 – acesso em 05/01/2020
(4) Boletim MACRO VISÃO, FIESP, nos 2769 e 2770, dez/2019
https://www.firjan.com.br/confira-a-retrospectiva-das-acoes-da-firjan-em-2019-e-as-perspectivas-para-2020.htm – acesso em 05/01/2020
https://firjan.com.br/noticias/2020-novo-ano-de-recuperacao-1.htm?&IdEditoriaPrincipal=4028818B46EEB3CD0146FD70E994340B – acesso em 05/01/2020
https://firjan.com.br/publicacoes/publicacoes-de-economia/default.htm – acesso em 05/01/2020
https://www.fiesp.com.br/indices-pesquisas-e-publicacoes/macro-visao/ – acesso em 05/01/2020
Pílula III
http://www.economia.gov.br/ – acesso em 19/12/2019
http://www.economia.gov.br/noticias/2019/12/waldery-rodrigues-indicadores-mostram-que-brasil-pode-201csurfar-boa-onda-na-economia201d-a-partir-de-2020 -acesso em 27/12/2019
https://exame.abril.com.br/economia/bc-segue-mercado-e-sobe-projecao-de-crescimento-do-pib-em-2019-para-12/ – acesso em 19/12/2019
https://www.bcb.gov.br/ – acesso em 27/12/2019
https://www.bcb.gov.br/content/copom/atascopom/Copom227-not20191211227.pdf – acesso em 27/12/2019
Pílula IV
Revista Conjuntura Econômica, dez/2019
(*) https://www.youtube.com/watch?v=2Q2F2dATpBY – acesso em 20/01/2020
https://portal.fgv.br/ – acesso 19/12/2019
https://portal.fgv.br/videos (Previsões da macroeconomia para 2020, com Silvia Matos) – acesso em 20/01/2020
https://portalibre.fgv.br/ – acesso em 19/12/19
https://portalibre.fgv.br/revista-conjuntura-economica/home-da-revista/ – acesso 20/01/2020
Pílula V
Sumário Econômico, nº 1601, dez/2019 – http://www.cnc.org.br/editorias/economia/periodicos/sumario-economico-1601 – acesso em 25/01/2020
Sumário Econômico, nº 1603, jan/2020 – http://www.cnc.org.br/editorias/economia/periodicos/sumario-economico-1603 – acesso em 25/01/2020
http://www.cnc.org.br/ – acesso em 25/01/2020
https://www.cnabrasil.org.br/ – acesso em 25/01/2020
https://www.portaldoagronegocio.com.br/home -acesso em 25/01/2020
https://www.portaldoagronegocio.com.br/noticia/cna-projeta-dolar-a-r-395-em-2020-confira-as-perspectivas-para-a-economia-191344 – acesso em 25/01/2020
https://www.cnabrasil.org.br/boletins/pib-do-3o-tri-2019-continua-surpreendendo-positivamente-o-mercado – acesso em 25/01/2020
Comunicado Técnico – edição 39/2019 – https://www.cnabrasil.org.br/assets/arquivos/boletins/Comunicado-Técnico-39.ed-03dezembro.pdf – acessado em 26/01/2020
Pílula VI
Boletim de conjuntura Econômica – número 20 – dezembro de 2019: https://www.dieese.org.br/boletimdeconjuntura/2019/boletimConjuntura020.html – acesso em 28/01/2020
https://www.dieese.org.br/ – acesso em 28/01/2020
Pílula VII
https://www.imf.org/en/Countries/BRA – acesso em 08/02/2020
https://www.imf.org/en/News/Articles/2019/07/25/NA072519-Six-Charts-on-Boosting-Growth-in-Brazil – acesso em 08/02/2020
https://exame.abril.com.br/economia/fmi-corta-projecao-do-pib-do-brasil-em-2020-e-aconselha-reformas/ – acesso em 19/12/2019
https://www.worldbank.org/pt/country/brazil – acesso em 08/02/2020
https://www.worldbank.org/en/publication/global-economic-prospects#data – acesso em 08/02/2020
Global-Economic-Prospects-January-2020-Analysis-LAC – file:///C:/Users/casa/Desktop/A%20HOLDING/Site/Publicações/referencias%20texto%2011/Global-Economic-Prospects-January-2020-Analysis-LAC.pdf – acesso em 08/02/2020